‘Meu rio é silêncio’: cantora Dayanne Menezes lança single em plataformas de áudio

by - março 22, 2021

 Canção fala dos mistérios do rio e das angústias humanas

| Clipe com performance da cantora também está disponível no Youtube | Foto: Iasmin Monteiro |


Os mistérios que o Rio São Francisco guarda simbolizam, para a cantora e compositora Dayanne Menezes, instabilidades emocionais humanas, como depressão e ansiedade. E são angústias como essas que Dayanne canta em ‘Meu rio é silêncio’, música de sua autoria que é lançada hoje (22). O single está disponível nas principais plataformas de streaming musical (Spotify, Deezer e Soundcloud) e sua produção conta com incentivo da Lei Aldir Blanc de Petrolina.

Dayanne Menezes conta que a inspiração para a ‘Meu rio é silêncio’ partiu de inquietações particulares a respeito das aflições humanas, especialmente aquelas presentes em sua experiência enquanto uma pessoa com deficiência mental. Essas reflexões estão presentes na letra, em diversas passagens, como explica a cantora: “No trecho em que a música diz: ‘as almas que morreram afogadas... Afogadas em suas próprias mágoas’, é dado a entender que as pessoas morreram por implicações emocionais. Tem também o trecho ‘Um grito, um gemido, uma alma penada, rasgando a garganta’... Essa música é realmente um grito de socorro”, afirma.

O single também está disponível no Youtube (youtu.be/OyCgbnqNAls), em um vídeo que traz a letra da canção, acompanhada de uma performance no Rio São Francisco. Através da dança, a artista traduz em seu corpo as angústias presentes nesse “grito de socorro”. Segundo Dayanne, a escolha de tornar o rio cenário de um manifesto sobre saúde mental não é apenas simbólica, mas tem relação com feridas reais que suas águas já presenciaram. A cantora reforça, então, que um tema considerado tabu, como o suicídio, deve ser encarado e discutido, para que as pessoas em sofrimento sejam ajudadas. “É preciso falar sobre isso também, porque o primeiro passo para as pessoas ajudarem quem precisa de controle emocional é saber que aquelas pessoas precisam de ajuda”, declara Dayanne.

Texto: João Pedro Ramalho

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