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Culturama

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 O grupo vai apresentar a cena ‘Notícias do dilúvio – um canto a Canudos’

| Cris Crispim e Camila Rodrigues em cena | Foto: Divulgação |

A encruzilhada é o espaço/tempo de toda possibilidade, onde as referências se encontram, se atravessam, se misturam, se espalham. Potência ancestral do cosmo encantamento, tece a ligação entre as existências: que foram, que são e que serão. É na encruzilhada que deitamos nossa esteira e sentamos o chão do nosso pertencimento, e partilhamos as nossas experiências, brindamos os nossos saberes, louvamos os nossos sentidos, renovamos o nosso axé.

É por isso que, quando o projeto Cena agora, realizado pelo Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural, apresentou o tema "Encruzilhada Nordeste(s): (contra)narrativas poéticas" não deixou escapatória. O convite era para assentarmos sobre a esteira dos 13 anos da Cia Biruta, os caminhos dos encontros com as ancestralidades que amparam e promovem as narrativas poéticas de um grupo que cria o sentido da sua própria existência nos afetos, atravessamentos e vivências.

Com duas mulheres em cena e a Encruzilhada Nordeste(s) como provocação, a ação cênica vai à fonte de uma das mais importantes experiências de resistência popular do Brasil: a Terra Santa do Beato Santo Antônio, nomeada Belo Monte. É de lá que as vozes de Maria Rita, Maria da Guerra, Macotas, Benta e tantas outras anônimas lutadoras no Massacre de Canudos submergem em oração, rememoração e alucinação à superfície pandêmica de um país massacrado por tantos genocídios.

"Notícias do Dilúvio - um canto a Canudos" é o nome da cena gatilho e as duas personagens da trama, Das Dores e Dos Anjos, reúnem as vozes-mulheres do Belo Monte e as práticas culturais populares que resistem a tantas tentativas de apagamentos, a fim de atualizar, contar e cantar o lugar em que se forma o silêncio que luta e afronta o esquecimento. É nessa encruzilhada que a Cia Biruta louva as ancestralidades teatrais, políticas e espirituais, enquanto tece mais um passo na construção do seu próprio cosmoencantamento.

A cena será apresentada hoje (30), às 19h, no encerramento da programação do Palco Virtual montado pelo Itaú Cultural para apresentações teatrais de até 15 minutos realizadas por artistas e grupos de todo o país, que aceitaram o desafio de abordar identidades nordestinas plurais. As quatro sessões desta semana serão realizadas nos dias 27, 28, 29 (às 20h) e 30 de maio (às 19h), com a participação de Jéssica Teixeira e Coletiva Teatral Es Tetetas; Pandêmica Coletivo Temporário de Criação e Silvero Pereira; Cia. Pão Doce e Maicyra Leão; Cia. de Artes Fiasco e Cia. Biruta de Teatro. As reservas de ingressos são feitas pela plataforma Sympla/Zoom, com limite de 270 ingressos por dia.

Saiba mais em https://www.itaucultural.org.br/secoes/agenda-cultural/cena-agora-conclui-ciclo#programacao.

[T] Luis Osete Ribeiro Carvalho / Ascom Birtua



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 Lys Valentim e Morgana Caroline pintaram painéis no hospital

| Painel de Morgana Caroline no Hospital Dom Malan | Foto: divulgação |

Alguns baldes de tinta, muita criatividade e afeto. Foi com esse “kit” que as artistas visuais Lys Valentim e Morgana Caroline deram um colorido no cantinho de acolhimento muito especial para as gestantes, mamães e crianças do Hospital Dom Malan. À convite do supervisor de manutenção Thiago Freire, elas toparam o desafio e, de forma voluntária, fizeram a pintura do mural localizado na área externa da capela de Santo Expedito, padroeiro do HDM.

“Esse já era um local que as pessoas procuravam para ter um pouco de paz, para ficar em silêncio e poder orar. Então, resolvemos fazer essa intervenção para oferecer um pouco mais de beleza e afeto. De pronto, Lys e Morgana toparam e o resultado não poderia ter sido melhor”, ressalta Thiago, que idealizou o projeto com a iniciativa e parceria do também Supervisor de Manutenção, Diêgo Guimarães, e do Diretor Administrativo/Financeiro, Arthur Lima.

| Lyz Valentim também colaborou com uma obra no hospital | Foto: divulgação |

Lys Valentim é arte educadora e artista visual e Morgana é artista visual e tatuadora. “São duas amigas queridas que já realizam um trabalho artístico formidável em Petrolina. As conheci durante o tempo que prestei serviço no SESC e fiquei muito feliz delas terem topado”, complementa.

As imagens projetadas no mural remetem à força da mulher, ao poder de gerar, de amamentar, de dar vida, e da conexão do nascimento com a natureza. “São três imagens fortes e bastante emblemáticas. Apesar de não termos nomeado a obra, acredito que elas falem por si”, acredita Lys.

O mural das artistas já chama a atenção de todos que por ali passam, incluindo os profissionais. “Sem dúvida, é um privilégio e um carinho na alma essa obra”, relata a enfermeira gerente do NEP, Rejane Lins. Em nome do hospital, a Diretora de Atenção à Saúde, Tatiana Cerqueira, agradece: “É de um valor imensurável. Um presente para todos nós”.

[T] Anna Monteiro / Ascom HDM




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 Lançado na internet, projeto conta história da companhia

| Raphaela de Paula em gravação do filma | Foto: Fernando Pereira |

Mais uma vez a Trup Errante borra as fronteiras entre Teatro e Cinema, continuando sua série de filmes em "devaneios" de seu elenco. 'Devaneios e Retrato de Artista Enquanto Outra - 15 anos de histórias' foi lançado no canal do Youtube da companhia para marcar sua data de debutante no árduo trabalho de contar histórias e viver tantos.

O filme narra a trajetória da companhia a partir do olhar de Raphaela de Paula, atriz e uma das fundadoras do grupo. "Sentimos muita vontade de comemorar. Afinal estar vivo como grupo, conseguir criar arte em tempos ditos "normais" já é uma aventura e durante uma pandemia, como não podemos aglomerar para comemorar, celebramos esse momento com mais um devaneio", informa o grupo.

| Cartaz do filme | Foto: divulgação |

Com direção de Thom Galiano, que também assina o roteiro junto à Raphaela de Paula, o curta é dedicado "à todes que nos ajudaram a construir tantas histórias, à todes os grupos e trabalhadores  de teatro! Além de nós a arte vive!". A edição e imagens foram realizadas por Fernando Pereira, que também assina o desenho. A produção foi de Rafael Moraes e Raphaela de Paula. Moésio Belforte assina a trilha sonora origial.

Essa proposta foi contemplada no incentivo da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, através do Edital de Criação, Fruição e Difusão – Lei Aldir Blanc -PE. O projeto tem apoio do Fórum Popular de Cultura de Petrolina e da RIPA (Rede interiorana de Produtores e Técnicos e Artistas de Pernambuco).

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 Cantora lançou primeira parte da trilogia que compõe novo trabalho

| Cantora Andrezza Santos em Juazeiro-BA | Foto: Fernando Pereira |

Entre interior da Bahia e a zona leste de São Paulo, a calmaria e o ruído são alguns dos cenários sonoros que Andrezza Santos traz para Eutrópica, seu novo álbum de estúdio, uma trilogia que desenvolve ao longo dos próximos meses de 2021. O álbum é feito com as narrativas do Eu de Andrezza, que musicou suas andanças e ‘cheganças’ desde Sapopemba, bairro da capital paulista onde viveu a maior parte da vida e que dá título a esta primeira parte do disco, até acolher-se em Juazeiro, norte da Bahia, a partir de 2015.

Eutrópica é sobre mudanças e deslocamentos, sobre o tempo entre um sonho e o outro, entre uma estação de trem e a próxima. Para Andrezza, o disco é uma massa sonora para a qual ela não exitou em explorar os contrastes: a urbanidade da metrópole com o semiárido, a cidade cinza e a bela natureza do Vale do São Francisco, paisagens que inspiraram diretamente nas sonoridades apresentadas como rock, soul music, música brasileira - do maracatu à bossa nova - e diversos sotaques latinos, como tango e salsa.

| Capa de Sapopemba | Foto: divulgação |

As quatro faixas que compõem a primeira parte de Eutrópica mostram uma compositora e cantora nada tímida, que solta a voz para cantar dores de amor, como em “A Gente Ia Longe” (primeiro clipe do disco, lançado em abril), mas também o desapego em “Vagão Vazio”. A blueseira “Sem DDD” vai agradar os saudosos do piano rock com timbres setentistas e um swing especial, já em “Cheganças” emerge uma soul music combinada com maracatu e de melodia assobiável.

Eutrópica é como uma colcha de retalhos que foi costurada com sorrisos e lágrimas e, por isso mesmo, reflete os altos e baixos através de peso, leveza, drama e alegria, um roteiro cotidiano que rendeu, além do disco, a série em vídeo que Andrezza liberou antes do lançamento das músicas, em que conta sua história marcada por muitas mudanças. Este trabalho é “um pulsar de compressão e descompressão”, como descreve ela, atributo percebido facilmente com a primeira parte do álbum.

O projeto Eutrópica tem apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. 

[T] Supernova Comunicação

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 Em pré-venda até o lançamento, esse é o segundo livro da escritora

| Escritora Dia Nobre | Foto: redes sociais |

A escritora Dia Nobre lança, na próxima quarta-feira (26), seu segundo livro, intitulado “No útero não existe gravidade”. A obra é uma ficção híbrida que aborda o tema do abandono materno e seus reflexos na vida de uma criança/mulher que busca entender as razões da fuga da mãe, ao passo que lida com os traumas gerados pelo desamparo. O lançamento será em uma Live no Canal da Editora Penalux no Youtube, às 19h.

Em seu segundo livro, Dia Nobre desenterra as chagas íntimas e sociais das mulheres. “No útero não existe gravidade” é talhado por histórias de filhas, mães, avós, mulheres que conheceram o peso de ser mulher muito cedo, é sobre uma jornada de busca de si e construção de referências. A obra discute a relação entre mães e filhas, e a pressão social que existe sobre a mulher no que diz respeito à maternidade.

| Capa do livro de Dia Nobre | Foto: divulgação |

O enredo trata dos traumas gerados pelo abandono e discute os efeitos desses traumas na saúde mental da personagem. É um livro sobre como as mulheres tentam caber dentro de si mesmas e vão se tornando cada vez menores para que sejam encaixáveis e não deixem à mostra os desejos, o ímpeto de vida, o impulso de morte.

Dia Nobre é escritora e professora adjunta do curso de história da Universidade de Pernambuco em Petrolina, desenvolvendo projetos ligados à literatura, história, lesbianidades e feminismo. Possui dois livros publicados na área da pesquisa histórica, “O teatro de Deus e Incêndios da Alma”, tendo recebido três prêmios por este último, incluindo o Prêmio Capes de Teses (2015). Seu primeiro livro de prosa poética, “Todos os meus humores”, foi publicado em junho de 2020 pela Editora Penalux.

A pré-venda do livro acontece até o dia 26 de maio no site da Editora Penalux.

[T] Com informações de Dalila Santos
 

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 O autor também compartilha um dos poemas que compõem a obra

| Livro traz 14 poemas escritos por Rafael Vitória | Foto: Érica Ferreira |

Um percurso pela América e suas paisagens, culturas e habitantes, guiado pela força da poesia, é o que Rafael Vitória propõe em seu livro ‘Menino no Capinzal’. A obra reúne 14 poemas, inspirados pela experiência do autor como um soteropolitano radicado há 13 anos em Juazeiro-BA e Petrolina-PE. O livro tem publicação da editora Viseu e é, também, uma homenagem a Thiago de Mello, poeta natural do Amazonas que se tornou um símbolo da literatura regional e da oposição cultural à Ditadura Militar - e que completa 95 anos em 2021. Em entrevista ao Portal Culturama, Rafael Vitória conta sobre suas influências na criação de ‘Menino no Capinzal’ e ainda compartilha conosco uma das poesias que compõem a obra.

Culturama: Na sinopse do livro, você afirma que faz uma homenagem ao poeta Thiago de Mello. De que forma a obra desse artista está presente em seu trabalho?

Rafael Vitória: Primeiro pela forte representatividade em minha incipiente trajetória, sobretudo pelo impacto que a obra ‘Faz Escuro, Mas Eu Canto’ [publicada originalmente em 1966] teve e tem no meu modo de pensar a vida e, naturalmente, a construção do texto. Cresci escutando seus versos. Essa obra significa minha descoberta da poesia e, por tabela, dessa vocação inexplicável que nos faz, diuturnamente, ‘lutar com palavras’. Em suma, minhas primeiras influências de amor aos sons, aos aromas, aos rostos humanos e suas lutas vieram de Thiago. Não poderia deixar de dedicá-lo àquele que, no silêncio do norte, me ensinou a vocação cronológica dos aromas, dos sons das águas, dos troncos resilientes fincados bem no meio de nossa existência.

C: Os conteúdos que a poesia aborda sugerem uma vastidão geográfica e temática, indo dos Andes ao São Francisco. Por que a escolha de falar sobre esses temas tão diversos?

R.V.: A história da aparição desse livro se confunde com a época em que cheguei ao Vale do São Francisco. Embora natural de Salvador, me instalei na região há mais ou menos 13 anos. E com a mudança - motivada por vínculos familiares e acadêmicos -, fatalmente viriam os desafios naturais pela subsistência, pela busca de emprego e fixação na região. Paralelo a isso, era confrontado diuturnamente com uma paisagem natural e humana até então só encontrada nos ecos dos livros. 
Os textos de ‘Menino no Capinzal’ foram gestados nessa fase em que buscava um equilíbrio, um consenso entre os imperativos categóricos da vida e a verdadeira vocação pela literatura. Por um tempo, venceu o pragmatismo. Agora, parafraseando um autor conhecido, posso dar vazão ao ‘sonho’ no lugar do ‘feijão’. Os textos rememoram essa fase de difícil adaptação, os momentos de vacilação, os passos dados para trás e, finalmente, o impulso necessário à assunção da nova vida. A diferença é que o meu ‘Navegar é Preciso’ obedeceu ao movimento inverso das naus: do litoral ao sertão. Esse foi meu mar aberto, meu descobrimento, minha acumulação primitiva de capital humano. A vastidão sugerida vem, portanto, desse imaginário, dessa descoberta particular da América, pertencente mais ao campo da idiossincrasia literária do que da história.

C: Ao mesmo tempo que o livro diz percorrer a América em suas facetas, seu título aponta para algo mais local, uma imagem bucólica e situada em um espaço específico. O que o motivou a escolher ’O menino no capinzal’ como o título de toda a obra?

R.V.: O título nasceu muitos anos antes da obra. A inspiração vem da juventude e tem como mote o poema ‘Memória’, do mestre Ferreira Gullar. Posso afirmar que o ilustre maranhense está no cerne de todas as cogitações acerca do tempo que teço nos poemas. Porém, o ensinamento fundamental vem de sua concepção de poesia enquanto ato político. Não no sentido partidário, mas remetendo à ação transformadora que palavras podem provocar ao se projetarem sobre pessoas nos seus contextos de silêncio, de invisibilidade. Em suas próprias meditações: “A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia.”

C: Por que você acredita que a leitura do livro vale a pena?

R.V.: Difícil adentrar nas razões de fruição de um texto, sendo estas de domínio quase exclusivo do leitor. Em tempos pandêmicos, acredito que a resposta virá da própria poesia:

Companheiros de Clausuras
(por Rafael Vitória)

Nesses tempos dos candelabros
amarelados e sem mosquitos,
Das madrugadas sem seus bêbados prediletos,
sem o vulto do homem na rua
e no escuro do dia que, por hora, acabou,
Um andarilho urbano da escuridão
perscruta nas sobras de guerra,
vestígios familiares de canção e pão

Mas são os ratos,
que correm acuados pelos passos,
a migalha furtiva indiciária das fomes.

Mas são os sacos,
que dançam a trajetória imprevisível do espaço,
o simulacro fantasmagórico da liberdade sem pouso.

Mas são os astros,
que cintilam axiomas de profecias etéreas,
a nostradar um porvir esfinge devorando,
na escuridão saramaga, 
o andarilho
     no tempo
          enigma.

Sinopse

Em homenagem ao barreirinhense Thiago de Mello, o autor percorre em seus 14 poemas todos os itinerários telúricos de nossa América. Dos rios que se formam da Cordilheira dos Andes às veredas do sertão São Franciscano, do povo andino ribeirinho às moças esquecidas nas esquinas no coração do país, dos peixes que desafiam a correnteza às rasgas mortalhas e seus presságios. Lugares onde cantar é possível, em toda magreza que careça de um abraço. Não é a poetização de nada. Ao contrário, é basicamente o desencantar das coisas, pelo artifício proustiano da memória. Novos tipos, histórias familiares, trilhadas, lembradas, ausente de metáforas. É quando o mundo não existia. Este livro? Uma rês desgarrada.

Texto: João Pedro Ramalho
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Trabalho também pode ser assistido na versão em Libras

| Obra fala sobre tradição e cultura da pesca no Rio São Francisco | Foto: Divulgação |

Evidenciar a relação de pescadores ribeirinhos com o Rio São Francisco é o principal intuito da equipe que produziu o documentário 'PESCADORES NA REDE: os peixes, o afeto e a alimentação', que já está disponível no canal do projeto no Youtube. O filme, com cenas gravadas no Balneário de Pedrinhas, localizado em Petrolina (PE), região do Sertão do São Francisco, também pode ser conferido na versão em Libras.

De grande importância social, econômica e cultural para milhares de nordestinos e nordestinas, o Velho Chico é de onde muitas famílias tiram o sustento. Aqui na região, a profissão de pescador resiste, apesar da má remuneração e da desvalorização da atividade que exige conhecimento, técnica e paciência. E, mais do que um trabalho, a pesca é tradição e cultura. E tudo isso é demonstrado nas cenas do documentário.

“A experiência foi fantástica pois eu pude ver de perto o trabalho em relatos dos pescadores em relação ao dia a dia, e suas dificuldades. Entendi melhor a paixão que eles têm por essa profissão, que faz parte da base cultural da região do Vale do São Francisco. O documentário aproxima o telespectador das pessoas que vivem da pesca e de seu subproduto”, afirma Leonardo Rocha, que atuou como assistente de produção, entrevistador e contrarregra na produção do filme. 

O vídeo documentário é resultado de um trabalho feito durante a pandemia do novo coronavírus, enfrentada pela população brasileira desde o início de 2020. Por isso, todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) foram seguidas à risca para não oferecer risco à equipe e/ou aos entrevistados. 

Além de aproximar o/a telespectador/a afetivamente da vida dos pescadores, a produção também levanta questões importantes sobre a situação em que se encontram atualmente esses profissionais, visto que a atividade da pesca é cada vez mais desvalorizada e mal remunerada. “Eu não acho que eles são valorizados profissionalmente, Muitas pessoas conhecem essa carga cultural, acham bonito, mas valorizar, de fato, não”, destaca Ananda Mariposa, diretora geral do documentário. 

O documentário 'PESCADORES NA REDE: os peixes, o afeto e a alimentação'  tem apoio financeiro do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura de Pernambuco e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Ficha técnica do documentário:

Direção: Ananda Mariposa
Direção de Fotografia: Jackson Vicente e Ananda Mariposa
Câmera e Direção de Imagem: Jackson Vicente e Ananda Mariposa
Roteiro: Kris de Lima e Ananda Mariposa
Entrevistadores: Jackson Vicente, Leonardo Dias e Ananda Mariposa
Produção: Agda Terra
Assistente de Produção: Leonardo Dias
Contrarregra: Leonardo Dias
Montagem: Ananda Mariposa e Marina Nunes
Edição e Finalização: Marina Nunes
Intérprete de Libras: Mustruia18
Operador do Drone: Vinicius Colares
Trilha Sonora: Antônio Pablo 

Texto: Bia Braga/Assessoria Acessível
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 Exposição ‘Criatura: Ser e habitar’ foi aberta para quatro turmas online

| Obras de Pollyana Mattana revelam sua criatura em diversas formas | Foto: Fernando Pereira |

Muitas vezes sendo a ponte inicial entre os jovens e as artes, as escolas desempenham um papel importante de formação de público para a produção cultural. Durante a pandemia, funcionando em aulas remotas, o desafio é manter a oferta dessas atividades, já que os espaços culturais estão fechados. Na última semana, a exposição ‘Criatura: Ser e habitar’ da artista visual Pollyana Mattana foi visitada por quatro turmas de Petrolina-PE, contemplando estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio Clementino Coelho (Eremcc) e da Escola Municipal Professora Eliete Araújo de Souza.

O processo de mediação cultural teve que ser adaptado para este momento que requer distanciamento social, então as visitas à exposição foram realizadas no ambiente virtual. Por videochamada com os alunos, além de realizar o passeio pelo Coletivo Casa, onde estão as obras, os estudantes assistiram um videoarte do projeto e participaram de bate-papos com a artista, onde puderam tirar dúvidas do processo criativo e da carreira artística.

As perguntas mais frequentes em todas as sessões foram sobre como a artista começou a trabalhar com artes e sua rotina como criadora. Para a aluna Laysa Beatriz Souza do Eremcc, a obra que mais chamou atenção “foi a do coração que tem uma pessoa amarrada”. “Achei interessante, fiquei curiosa sobre qual foi a inspiração para a obra”, comenta. A artista explicou que ao chegar no Nordeste em 2019, começou a investir na carreira e criou o personagem com esse coração que é tema da exposição. "O coração é o que representa esse lugar que me acolheu, o nordeste, que sempre está de braços abertos pra receber. Eu sinto que aqui no nordeste as pessoas tem um calor no peito", disse.

Os alunos da turma da professora Iana Ricarte comentaram sobre a presença de personagens com a cabeça de casa, questionaram sobre a inspiração para Pollyana e ela devolveu a pergunta para saber o que eles pensavam quando viam a obra, abrindo um diálogo entre eles. Eric acha que é porque “a cabeça está voltada para o nosso lar, um lugar que a gente acha aconchegante. Já Yara disse que “a cabeça da gente tem tudo, nossos sonhos, memórias que a gente gosta. É um caderninho, uma casa, um lugar que a gente pode pensar o que quiser, sem ninguém julgar a gente”. Relacionando com a característica da artista que mudou de cidade várias vezes e se radicou no Nordeste, Carlos Eduardo comentou que “a gente cria raízes e lembranças no lugar que nos sentimos bem”.

Nos encontros com os estudantes da Escola Municipal Professora Eliete Araújo, a curiosidade maior estava em como a artista cria suas obras. Na conversa, a surpresa se deu quando vários alunos começaram a revelar que também desenham e mostrar suas obras. Mattana explicou seu processo criativo e deu dicas para quem quer ser artista visual. “Tem que ir praticando todo dia, uma obra artística não surge do nada”, pontuou. Também falou sobre sua formação universitária na área de artes e seu trabalho como tatuadora.

Com orientação do professor João Trapiá, a turma está estudando o gênero crônica e teceram comentários sobre as obras. Breno, que também mostrou seus desenhos, disse que a arte “é como se o que passasse na vida real fosse transcrito como desenho para o papel”.

O projeto é uma realização do Coletivo Casa, contando com produção da Pipa Produções. Esse projeto está sendo apoiado pelo Edital Criação, Fruição e Difusão (LAB PE), em conformidade com a Lei nº 14.017/2020 - Lei Aldir Blanc, Decreto nº 10.464/2020, da Lei Estadual nº 17.057/2020 e Decreto Estadual nº 49.565/2020.

Exposição:

Um ser bem colorido, sem rosto e coração à mostra, que acaba representando um pouco de todas as pessoas em situações variadas. Essa "criatura" criada por Pollyana Mattana ganha uma exposição em Petrolina-PE, no espaço cultural Coletivo Casa. 'Criatura: ser e habitar' está em formato virtual no site www.valetourvirtual.com/criatura. O personagem já esteve presente em vários trabalhos da artista, sendo recorrente em seus processos criativos desde 2013, e agora se torna o ponto principal de uma série de obras. O desenho ganha outras superfícies e passa a ser representado em várias técnicas de criação em Artes Visuais. 


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Adriano Alves é jornalista por formação e artista por vocação. Passeia pelo Teatro, a Dança e produção em diversas linguagens. Escreve sobre o que gosta e o que quer entender melhor.

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