Após 10 anos, “Quarta que Dança” retorna com programação em agosto e setembro; circuitos passam pela capital e interior

by - agosto 06, 2025

Serão dois circuitos com oito grupos participantes na edição 2025, um total de 32 sessões de dança gratuitas

| Oficinas e espetáculos serão realizados em espaços da Secult BA | Foto: Lucas Malkut / Funceb |

O “Quarta que Dança” marca a história de muitos grupos e coletivos que se dedicam à linguagem do movimento em toda a Bahia. Criado em 1998 pela Funceb (Fundação Cultural do Estado da Bahia), foi durante anos o maior responsável pela circulação de espetáculos no estado. Após uma pausa de 10 anos, a instituição volta com o projeto em 2025. Serão dois circuitos, entre agosto e setembro, cada um passa por quatro espaços culturais da rede estadual e conta com quatro grupos.

"É um projeto que marca o setor da dança. O Quarta que Dança faz muita articulação e intercâmbio entre artistas do estado que estão em outras cidades. Então, essa é a nossa maior expectativa, que esse impacto gere coisas positivas no setor da dança para que a gente vislumbre outras possibilidades de execução”, diz Leo Di Ledy, coordenador de dança da Funceb.

A volta do projeto é celebrada também pelos agentes da dança no estado. O coreógrafo Brunno de Jesus teve obras no projeto nos anos de 2011 e 2015, além de ter atuado como bailarino, e afirma que “o Quarta que Dança é um dos caminhos de garantir a nós artistas uma programação completamente baiana, protagonizada por artistas da terra. Sabemos que Salvador, a Bahia como um todo tem muitas produções de qualidades na linguagem da dança, em suas estéticas, composições, abordagens plurais e inovadoras”. 

| Divulgação |

O artista é o diretor e coreógrafo do espetáculo “Por que Zé?”, que circula nesse mês de agosto, levando reflexões sobre o corpo negro na sociedade contemporânea, inspirado no pagode baiano e em manifestações das culturas periféricas. “Pra mim, integrar esse retorno com colegas artistas nessa programação é esperançar e lutar, festejar, politizar, comunicar com o corpo que dança suas poesias. A minha dança também é um confronto, é existência, assim é modo de construir poesias no corpo politicamente”, pontua. 

Esse ano, os circuitos contemplam as cidades de Salvador, Jequié, Valença, Lauro de Freitas, Feira de Santana e Juazeiro. Serão 32 sessões de espetáculos de Dança e 32 ações formativas na área. São oito grupos contemplados, entre artistas da capital e do interior. 

“São 417 municípios, mas a gente tem tentado minimamente em cada execução ter dentro desse processo artistas do interior que são contemplados. Que possam mostrar sua produção, se apresentar no interior e também na capital baiana. Para a gente também entender que nem todos os artistas que estão no interior querem estar na capital, eles querem produzir nos territórios onde estão”, explica o coordenador.

Programação:


Em agosto, o Circuito Artístico I terá apresentações dos espetáculos “Da Boca de Matilde” (Coletivo Balé do Recôncavo), “Afrobapho: Corpoemas em movimento”, “Kilezuuuuuuuuuuum” (Coletivo: Edu.O, João Rafael e Thiago Cohen), “Por que, Zé?” (Coletivo OYO), que serão realizados em espaços culturais de Salvador (Espaço Xisto), Lauro de Freitas (Cine Teatro), Valença (Teatro Municipal de Valença) e Jequié (Centro de Cultura ACM).

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