Petrolina pode, até que enfim, ter um teatro municipal após anos de luta da classe artística
O prefeito Miguel Coelho anunciou a reforma do Centro de Convenções da cidade com a instalação do equipamento cultural
| Espaço deve ser instalado no Centro de Convenções da cidade, local que foi palco para manifestações dos artistas | Foto: Rubens Henrique | |
Depois de anos de luta dos artistas cobrando um teatro municipal adequado para Petrolina, parece que a cidade pode ganhar um para chamar de seu. Foi anunciada hoje (25) a reforma do Centro de Convenções Senador Nilo Coelho e a adequação de um dos auditórios para receber espetáculos.
Toda a obra de reestruturação do complexo de eventos recebe R$ 34 milhões. O convênio foi assinado hoje pelo prefeito Miguel Coelho e ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, que esteve em visita ao município pela manhã. A nota oficial da assessoria de comunicação informa que a licitação das obras seja iniciada até dezembro. Em entrevista à TV Grande Rio, o prefeito afirma que pretende realizar a licitação até outubro e que as obras comecem ainda este ano.
O teatro público deverá ter capacidade superior a 500 assentos. Importante notar que não é a construção de um novo espaço, mas apenas a reforma de um auditório. Pelo menos, os artistas da cena da região podem ter mais um local de apresentações. Agora, é esperar para que saia do papel e também seja bem administrado.
Grandes atos para o Teatro Balneário Coelho Lóssio
| Performance cívica reuniu artistas pelas ruas de Petrolina em 2014 | Foto: Rubens Henrique | |
Uma luta da classe artística que é travada há anos, desde 2004 foi prometido pela Prefeitura de Petrolina a construção de um teatro público. Naquele ano, o então prefeito da cidade Fernando Bezerra Coelho, atualmente senador pelo MDB, anunciou de forma espetaculosa que o novo equipamento cultural seria em um terreno ao lado do Centro de Convenções Senador Nilo Coelho.
Artistas relatam que, na época, foi realizada uma cerimônia enterrando uma pedra inaugural no terreno. A justificativa da prefeitura foi que uma enchente atrapalhou os planos e a verba foi destinada ao atendimento das vítimas. Anos depois, o "buracão" criado para a obra se tornou um lixão no centro da cidade, acumulando água da chuva e sendo foco de doenças, problemas amplamente divulgados na mídia local na gestão de Júlio Lóssio, que também tinha prometido resolver o problema.
Uma performance cívica realizada pelos artistas em 2014 chamou atenção nas ruas da cidade para a inauguração do "Teatro Teatro Balneário Coelho Lóssio", uma sátira para a situação que se encontrava o terreno destinado ao projeto e ao descaso do município para políticas públicas do sertor.
Anos depois, Miguel Coelho, filho de Fernando Bezerra Coelho, está agora com a missão de dar uma solução para essa falta de estrutura para a Cultura na cidade. Mas, também é preciso pensar em estratégias contundentes para a administração desse equipamento e ações culturais para todo o município. Esperar para ver qual será o próximo ato dessa história.
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