Escute “DOISMILIVINTE”, álbum do baiano Daniel da Quixabeira

by - agosto 27, 2021

 Disco está disponível nas plataformas de áudio

| Daniel da Quixabeira | Foto: divulgação |

DOISMILIVINTE é um trabalho baiano, afro-futurista que apesar do nome, não tenta ter tom da retrospectiva do que se passou nesse ano. Ele propõe usarmos essa data de “2020” como um marco para revolução e transformação da vida em meio ao caos, onde fomos forçados a nos reinventar para viver e nos conectar com o presente/passado e gerar a possibilidade de um futuro do ser negro no mundo. O álbum aborda também sobre as ancestralidades em nossa carne viva, sobre como elas nos conduzem a caminhos a serem seguidos ou evitados.

Esse trabalho foi realizado nesse período de pandemia, portanto, traz consigo um repertório diverso, em que simboliza o caos, a mistura, a profanação, a desconstrução, mas ao mesmo tempo representa a preservação “do que quase nos foi tirado”. Não se encaixando em apenas uma perspectiva musical, começando pelo Samba Martelo, Samba de capoeira, Vaci de candomblé, mas dialoga com Trap, Dub, Trance, Lo Fi, tentando criar uma linguagem que transborde as barreiras, siga em frente, e ao mesmo tempo possa reverenciar as tradições ancestrais.

Com isso, o álbum conta com a presença de artistas do interior baiano, como Bel da Bonita, Lerry, Lore, Tito Pereira, Rogério Ferrer, Ravel Conceição (Feira de Santana), Débora Carvalho (Nova Fátima), Neide Vital (Morro do Chapéu), Fatel (Trupe Poligodélica, Juazeiro), Mateus Zingue e Kelvin Diniz (Capim Grosso), Luan Gonçalves (Irecê) consolidando numa conexão e uma possível difusão artística entre interiores baianos. O disco foi contemplado pela Lei Aldir Blanc do município de Feira de Santana.

Daniel da Quixabeira é músico-compositor e sambador do interior baiano. Nascido em Jacobina, cresceu entre Quixabeira e Capim Grosso. E é de lá que vem a reverência e “continuânça” da cultura de sua região que é o Samba (O Batuque, a Chula Boiadera e Martelo). Dialogando e aprendendo com outras tradições do nordeste e do mundo como o Coco, Baião, Reggae, Jazz, Fusion Rock, sem perder a linguagem do Sambador, seja na música ou na consciência política de mundo. Mais informações: @danieldaquixabeira.

[T] Dalila Santos / Ascom.


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