Exposição fotográfica ‘Benza’ chega a Orocó, onde encerra circulação pelo Sertão pernambucano
Projeto já passou por Salgueiro e Floresta
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| Foto: Karen Lima | |
por Mayane Santos / Ascom
O município de Orocó (PE) receberá, entre os dias 27 e 29 de setembro, a exposição “Benza”, assinada pela fotógrafa e pesquisadora Karen Lima. O projeto retrata a força simbólica, cultural e espiritual das rezadeiras do Sertão pernambucano, reunindo 35 fotografias que transitam entre o documental e o poético. Realizada com o incentivo do Governo de Pernambuco, através do Programa Nacional Aldir Blanc (PNAB), a mostra estará aberta para visitação neste sábado (27), na Aldeia Pankará Riacho do Brígida, das 16h às 20h; no domingo (28), na Praça da Igreja Católica, das 16h às 20h; e na segunda-feira (29), na Escola Municipal Estanilau Luiz Bione, das 09h às 12h e 13h às 15h.
A exposição mergulha nas histórias, na fé e na espiritualidade de cinco guardiãs de saberes ancestrais em Pernambuco: Rita Pankará e Dona Terezinha, de Orocó; Dona Teinha, de Floresta; Mãe Joana, do Quilombo Conceição das Crioulas (Salgueiro); e Mãe Neide, de Petrolina. Produzidas a partir de pesquisas realizadas por Karen Lima em visitas a essas localidades, as fotografias buscam retratar a essência de cada uma delas e valorizam tanto a imagem quanto a oralidade dessas mulheres, reconhecidas como referências comunitárias e espirituais em seus territórios.
Orocó é o terceiro município a receber a exposição, que teve sua estreia em Salgueiro e promoveu uma sessão, em seguida, na cidade de Floresta. Agora, a expectativa é de criar novas conexões e levar a mostra a diferentes pontos da localidade: a área urbana, onde mora Dona Terezinha, e o território do povo Pankará, de Rita. “A passagem por esses locais têm um significado muito especial, já que se trata de um lugar de grande importância e cujo acesso exige cuidado e respeito. Realizar as fotos e, agora, expor ali é motivo de muita alegria”, acrescenta a fotógrafa.
Montada em estrutura itinerante, a instalação propõe uma experiência sensorial, com fotografias impressas em tecido, monóculos que remetem à memória familiar, ferramentas de audiodescrição para pessoas cegas e uma ambientação composta por trilha sonora com rezas e depoimentos das rezadeiras. “Queríamos que a exposição chegasse às comunidades, para que elas mesmas pudessem se ver nas imagens. É um reconhecimento, uma forma de valorização e difusão das histórias dessas mulheres”, explica Karen Lima.
Este projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Pernambuco e tem apoio financeiro do Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura - Governo Federal.
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